quarta-feira, 24 de outubro de 2012

"Psicologia Desportiva - Treinador" de Gustavo Couto

"Há alguns anos atrás, tinha eu acabado à pouco tempo minha pós-graduação em Psicologia do Desporto e Atividade Física quando numa conversa com o Prof. Arnaldo Cunha (coordenador da formação da Federação Portuguesa de Futebol) sobre o assunto Psicologia Desportiva quando este me disse que esta cada vez mais se inclinava para o Treinador e menos para a Equipe, algo que eu na altura, do alto da minha “sábia” ignorância refutei. Passados quase dez anos, sei agora o que me quis dizer (ainda foi a tempo) e que na altura não soube ouvir e aos pontos dele acrescentarei meus que passado tanto tempo não sei quais são de quem.



O Treinador é um líder e como tal controla parte da realidade da qual tem que estar constantemente a prestar atenção e a interpretar. É esta necessidade de análise constante que pode levar um treinador à desgraça e ao erro, procurando agradar, corrigir ou manipular o que vê em seu redor.




O que poucos se apercebem, é que a equipe é em muito a imagem do seu Treinador pelo que, se o que é pretendido pelo Treinador é mudar algo na equipe, este deverá mudar em si próprio e o grupo reflitirá essa mudança. Um Treinador deve por isso dedicar parte do seu tempo de planificação a si próprio e à sua evolução nesse papel, não só ao nível técnico-tático como de valores para que a sua linguagem verbal com o grupo seja o mais congruente (coerente) possível com a sua linguagem corporal.

A congruência só é possível de uma forma, sendo ela a base de todo o trabalho de sucesso de qualquer treinador, através da VERDADE. O Mourinho pode escrever e podem-se escrever os livros que se escreverem acerca das estratégias do Mourinho, mas a realidade é que ninguém a replicará com sucesso por uma razão simples:
Falta o próprio Mourinho


É que todo aquele trabalho que é dado a conhecer, provém daquilo que ele acredita ser VERDADE (não há aqui grandes segredos, apenas uma forte noção daquilo que se é, e o resto o corpo tratará de o transparecer).
Deixo-vos por isso duas perguntas,

QUEM ÉS COMO TREINADOR? QUAL É A TUA VERDADE?

Quem a souber responder tem meio caminho andado para o que há-de dizer no balneário nos jogos decisivos... e nos restantes. (não espere é acertar sempre, que nem os melhores conseguem)."
Gustavo Couto

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Discurso Motivacional : Vertente Psicológica

Qual o treinador que não prepara a palestra antes de um importante jogo? Nenhum !

É um elemento fulcral para o desempenho da equipa, se esta se sente motivada ou não, e ninguém melhor para os motivar que o próprio treinador. Há que saber tocar nos pontos chave para tirar o melhor proveito dos atletas, pois o segredo do sucesso não está apenas na vertente técnica e na tática, mas sim também na psicológica.

Não se trata apenas das palavras que são ditas, mas assim como também do tom de voz, postura e até mesmo o simples olhar.

Na minha opinião, José Mourinho é o grande mestre da vertente psicológica do desporto coletivo actual e talvez de sempre. Logicamente que nunca assisti a uma palestra dada por este, mas creio que é notório que é possuidor de grande "força mental" e como tal passa isso para os seus atletas.

No vídeo abaixo deixo um excerto de um filme , "Um domingo qualquer", que possui um grande discurso motivacional, que ao qual recorri para me inspirar para uma palestra que dei á uns anos atrás em um jogo que decidiria o título. Muitos que assistiram á palestra disseram que ganhei o campeonato dentro do balneário.



Esta foi uma pequena abordagem a um assunto que me interessa muito, mas que será abordado em breve por alguém mais entendido na matéria, neste caso, o nosso colaborador. Gustavo Couto.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Sports Training : Novidades


TREINADORES,

Esta época a SPORTS TRAINING volta a entrar em campo com a sua equipa.

Apresentamos as NOVIDADES para 2012.13!

Novos Quadros Tácticos Magnéticos, com novas cores e novas funcionalidades.





NOVIDADE PARA TREINADORES DE GUARDA-REDES,


Já tem o seu?


ENCOMENDE JÁ!


 info.sportstraining@gmail.com



quinta-feira, 27 de setembro de 2012

"A preparação física e o treino desportivo" de Gustavo Couto

"Achei que este seria um bom tema para começar a minha contribuição para o fórum após uma breve conversa com o André, pelo que aqui vai. Devo contudo, começar por dizer que se escrevesse este artigo há seis meses atrás, a minha opinião sobre cerca de metade do que aqui vou expor seria muito diferente sendo por isso mesmo que optei por partilhar com quem participar este fórum.




A preparação física deve ser vista sobre dois planos principais, o cardiovascular e o muscular (calem-se os integracionistas uma vez que a partir do momento em que se fala de preparação física já está implícito a segmentação do processo de treino, pelo que sugiro que continuem a linha de pensamento comigo) sendo que tanto para um como para o outro há que ter em conta as especificidades fisiológicas da modalidade, algo que muita boa gente se esquece aquando da prescrição. Nesse sentido, não faz lógica nenhuma treinar em regime de anaeróbio aláctico (velocidade pura) porque ninguém vai realizar um sprint durante o jogo sem cansaço acumulado (principalmente aos 35 minutos de jogo), por outro lado, treinar num regime puramente aeróbio (resistência) pode ter a vantagem de tolerância ao cansaço mas fica esquecida a componente velocidade, fundamental para as transições defesa-ataque. O que daqui se pode depreender é que o ideal seria ter o melhor dos dois mundos, e é o que se pode ter quando se treina em regimes anaeróbios lácticos (velocidade resistente) que mudam, literalmente, a capacidade de resistência dos músculos a elevados níveis de lactato. Se por um lado sou apologista do treino integrado, tenho a prefeita noção que o treino desta capacidade é muito difícil de ser reproduzida num exercício complexo, fundamentalmente devido às variáveis duração e variação de intensidade (principalmente quando se aplicam sistemas de treino intervalado). Quero com isto dizer, que por muito que doa ouvir, acho que não há melhor forma de treinar esta capacidade do que na sua forma mais pura, a corrida (e que leva entre seis a oito semanas a ser adquirida na sua plenitude) devo porém fazer a ressalva que depois de adquirida, basta a planificação normal com umas sessões intermédias de reforço em alturas mais paradas do campeonato.



No plano muscular, a coisa é outra... Temos primeiro que perceber o que queremos trabalhar, se o corte transversal da fibra se os factores neuromusculares. Se tivermos em conta que o número de kg de massa muscular varia muito pouco (estando geneticamente definido) só nos interessa realmente trabalhar os factores neuromusculares, não esquecendo contudo o principio da especificidade, ou seja, o musculo só ganha força nas amplitudes e movimentos treinados...



Trocando isto por miúdos, o que quero dizer é que não é qualquer exercício de força que serve para a prática da modalidade, e até hoje, nos anos que tenho de ginásio, só conheci dois exercícios que possuem capacidade de transferência para todo o qualquer esforço, e que são o agachamento e o peso morto (exercícios de elevada capacidade técnica e que não aconselho a ninguém a fazê-lo sozinho e sem alguém que domine a técnica). Se mesmo assim quiser treinar o músculo, o treino deverá centrar-se em processos de consciencialização corporal (conhecimento do próprio corpo através de instabilidades e recrutamento neuromuscular) ou então naquele que é o sistema de preparação física do futuro (do presente já em algumas partes do mundo) e que é o da prevenção da lesão. Este sistema baseia-se na aplicação de uma bateria de testes com o intuito de identificar quais os pontos fracos e de instabilidade do atleta, assim como as assimetrias direita esquerda, uma vez que a lesão dá-se sempre no ponto mais fraco, treinando posteriormente o atleta com o intuito de o reequilibrar/harmonizar fisicamente. Falamos por isso numa quase fisioterapia mas em vez do lesionado, é do atleta são, trabalhando para a prevenção da lesão e reequilibro corporal.



Em suma, o que procuro passar é a mensagem de que esqueçam o trabalho de preparação física se não sabem o que estão a fazer, mas se mesmo assim quiserem fazer alguma coisa, recorram a quem sabe para que um atleta não se lesione, pois só os grandes lideres é que conhecem as suas limitações e se rodeiam de especialistas nessas áreas, isto porque sabem perfeitamente que no fim quem decide são sempre eles. Se não conseguirem encontrar um especialista, deixem-se ficar pelo treino integrado (que uma das suas grandes mais valias é não ter que saber muito de fisiologia) e usem muito bom senso e respeitem os períodos de intervalo/ descanso. "

Gustavo Couto

Novo Colaborador: Gustavo Couto

Este é o 3º colaborador que vos apresento , nao sendo um técnico, mas sim alguém para nos falar mais nas áreas de condição Física e Psicologia desportiva. Trata-se de Gustavo Couto, Técnico Auxiliar de Fisioterapia e Massoterapeuta, Personnal Trainer, Life Coach, com uma licenciatura em Ed. Física, sendo inclusive Pós-Graduado em Psicologia do Desporto e de momento está Mestrando em Gestão.

Será certamente uma grande ajuda para todos nós, pois também são áreas fulcrais no desporto colectivo.

Bem vindo !

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Novo Colaborador : Ricardo Canavarro


Desta feita é com muito gosto que apresentamos este novo colaborador deste nosso projecto, trata-se de um treinador que muito recentemente assumiu o cargo de treinador principal do Clube Operário Desportivo, da 1ª Divisão Nacional de Futsal, trata-se então de Ricardo Tavares Canavarro.

Este será mais um reforço de peso a este mesmo blog, que tem como por intuito ,não o ensinar, mas ajudar a evoluir esta modalidade, que é paixão para muitos de nós. E é com essa motivação que Ricardo Canavarro se juntou a nós.


Bem vindo !


quinta-feira, 21 de junho de 2012

Novo Colaborador : Rui Guimarães


É com enorme satisfação que apresento Rui Guimarães como o nosso primeiro colaborador.

Tratasse de um treinador de Futsal português que actualmente treina o Al Hamriya, dos Emirados Árabes Unidos, tendo contrato para as próximas duas épocas. Inclusive faz parte da equipa técnica da selecção do país em que se encontra.

Rui Guimarães: « Recebi este convite que me foi endereçado pelo André Oliveira á qual respondi afirmativamente, com um grande prazer de pertencer a este projecto.»